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PORTO DO MANGUE: ESCOLA GANHA DOCUMENTÁRIO SOBRE "DONA SOUZA", FRANCISCA SERAFIM DE SOUZA, PRIMEIRA EDUCADORA DO MUNICÍPIO.

sexta-feira, 19 de maio de 2017



         A Escola Municipal Francisca Serafim de Souza em Porto do Mangue ganhou hoje a tarde, um trabalho em audiovisual que se trata de um documentário de 17 minutos como sendo a primeira parte do filme feito pelo estudante Francisco das Chagas Santos, da UFERSA. O documentário fala da história da primeira mulher que alfabetizou as primeiras gerações de Porto do Mangue.
Esteve presente como espectadores nesse primeiro momento da exibição do documentário, os estudantes do 9º ano, professores, coordenadores, diretores da escola e representantes da Secretaria de Educação, além das professoras da UFERSA orientadoras do Estágio, os ex-alunos convidados especiais estiveram presentes. Gerson Luiz responsável pelas imagens e edição.


    O documentário será exibido depois para toda comunidade escolar e população. O diretor e produtor do documentário, Francisco das Chagas, faz questão de agradecer a todos que estiveram nessa tarde prestigiando o trabalho:   As professoras da Ufersa, Kézia e Miacaela, a diretora Nice, as professoras e professores, coordenadores: Ruht, Dida, Naldinho, Mariquinha, Lidiana da secretaria de educação, e os ex-alunos de Dona Souza, Maria Núncia (filha), Chico de Branca e Ribamar.   
        


A IDEIA 

      O trabalho trata-se de um Projeto de intervenção que foi desenvolvido como uma atividade obrigatória na disciplina Estágio Curricular Supervisionado II –, no curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo, UFERSA Campus Mossoró/RN.  O mesmo foi desenvolvido em relação ao nome que leva a Escola Municipal Francisca Serafim de Souza. Quem foi essa mulher que a geração de 40 anos atrás conheceu por “Dona Souza” e que hoje muitos não sabem ou ouviu falar?




   A ESCOLA
        
       A Escola Francisca Serafim de Souza, foi criada através de um decreto nº 002, de março de 1997 – Diário Oficial: 04/03/1997, recebe este nome em homenagem a professora Francisca Serafim de Souza por seus préstimos a educação deste município. Está situada na rua José Alves Maia nº 28, no bairro centro, na zona urbana do município de Porto do Mangue, Estado do Rio Grande do Norte.
       
No intuito de levar por todos os ângulos o conhecimento necessário ao bom desenvolvimento do ser humano, o prefeito na época, atendendo ao pedido e necessidade da comunidade, construiu a escola que foi fundada em 1995, recebendo o nome de ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA SERAFIM DE SOUZA, em tributo como acima exposto à professora Francisca Serafim de Souza. Segundo sua bisneta, seu bisavó Joaquim Serafim de Souza , era pai de  dona Souza. Um proprietário de terras nas "Cacimbas" onde tinha uma grande plantação de coqueiros e que sobrevivia dessa renda. Por ter essa posição diferenciada ele educou as filhas em casa inclusive com professores particulares vindos de outras regiões. "Souzinha" como chamada na família, era conhecida pelo rigor que tinha de ensinar numa escola que se chamava Escola Isolada de Porto do Mangue. Por  ser reconhecido pelos seus préstimos,  Joaquim Serafim de Souza  também ajudou muitas pessoas na comunidade numa remota época em que o lugar era uma vila de pescadores e se chamava Canto do Mangue. Hoje também seu nome é homenageado na Escola de Ensino Infantil na cidade.  Então pela maneira que foi educada,  a moça Francisca Serafim, cresceu e aprendeu com a atitude do pai, onde mais tarde também exerceu o papel de professora alfabetizando os filhos de pescadores. Com o passar do tempo a comunidade passou a chama-la carinhosamente de Dona Souza. A mesma ficou sendo reconhecida como uma das grandes educadoras do município.




O DOCUMENTÁRIO 
    
      A produção do documentário chamado de “Dona Souza”, abordou em um recorte espacial, um contexto histórico sobre a primeira mulher que ficou reconhecida como sendo uma das primeiras educadoras da época que apareceu na cidade, de acordo com os relatos do ex-alunos e ex-alunas, que narram a história no documentário, e contam como se dava a questão da aprendizagem naquele tempo.
      Por meio de relatos dos ex-alunos (as) de “Dona Souza”, o documentário trouxe muita emoção como a saudade, o amor pelos estudos, a forma de aprender apesar dos castigos que tinha como relatam.  O produtor do documentário  Chagas Santos, que hoje está como coordenador pedagógico da Secretaria de Educação do município, diz que o objetivo desse trabalho, é trazer maior visibilidade para escola quanto à importância de conhecer quem foi a educadora Dona Souza, fazendo que as pessoas  levem em consideração o reconhecimento do seu trabalho enquanto uma mulher que se preocupou naquele contexto com a educação dos filhos de Porto do Mangue e percebam que a mesma contribuiu para o desenvolvimento social naquele espaço temporal em que se encontrava a comunidade, um trabalho que  perpassará desafios que vão além da educação, da cultura. O documentário será uma forma de elevar e valorizar mais a escola, proporcionando desenvolver uma melhor qualidade na educação para todo o corpo da escolar que necessitam da instituição.
         
           Assim, por esta razão, Chagas cita o educador cit Paulo Freire (1997): quando diz: “Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante!”. Neste sentido que busquei ir na raiz da questão para compreender esse processo.


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