A Escola
Municipal Francisca Serafim de Souza em Porto do Mangue ganhou hoje a tarde, um
trabalho em audiovisual que se trata de um documentário de 17 minutos como
sendo a primeira parte do filme feito pelo estudante Francisco das Chagas
Santos, da UFERSA. O documentário fala da história da primeira mulher que
alfabetizou as primeiras gerações de Porto do Mangue.
Esteve
presente como espectadores nesse primeiro momento da exibição do documentário,
os estudantes do 9º ano, professores, coordenadores, diretores da escola e representantes
da Secretaria de Educação, além das professoras da UFERSA orientadoras do Estágio,
os ex-alunos convidados especiais estiveram presentes. Gerson Luiz responsável pelas
imagens e edição.
O documentário
será exibido depois para toda comunidade escolar e população. O diretor e produtor
do documentário, Francisco das Chagas, faz questão de agradecer a todos que
estiveram nessa tarde prestigiando o trabalho: As
professoras da Ufersa, Kézia e Miacaela, a diretora Nice, as professoras e
professores, coordenadores: Ruht, Dida, Naldinho, Mariquinha, Lidiana da secretaria
de educação, e os ex-alunos de Dona Souza, Maria Núncia (filha), Chico de
Branca e Ribamar.
A IDEIA
O trabalho trata-se de um Projeto de
intervenção que foi desenvolvido como uma atividade obrigatória na disciplina
Estágio Curricular Supervisionado II –, no curso de Licenciatura
Interdisciplinar em Educação do Campo, UFERSA Campus Mossoró/RN. O mesmo foi desenvolvido em relação ao nome que
leva a Escola Municipal Francisca Serafim de Souza. Quem foi essa mulher que a geração
de 40 anos atrás conheceu por “Dona Souza” e que hoje muitos não sabem ou ouviu
falar?
A
ESCOLA
A Escola Francisca Serafim de Souza,
foi criada através de um decreto nº 002, de março de 1997 – Diário Oficial:
04/03/1997, recebe este nome em homenagem a professora Francisca Serafim de
Souza por seus préstimos a educação deste município. Está situada na rua José
Alves Maia nº 28, no bairro centro, na zona urbana do município de Porto do
Mangue, Estado do Rio Grande do Norte.
No intuito de levar por todos os ângulos
o conhecimento necessário ao bom desenvolvimento do ser humano, o prefeito na
época, atendendo ao pedido e necessidade da comunidade, construiu a escola que
foi fundada em 1995, recebendo o nome de ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA SERAFIM DE
SOUZA, em tributo como acima exposto à professora Francisca Serafim de Souza. Segundo sua bisneta, seu bisavó Joaquim Serafim de Souza , era pai de dona Souza. Um proprietário
de terras nas "Cacimbas" onde tinha uma grande plantação de coqueiros
e que sobrevivia dessa renda. Por ter essa posição diferenciada ele educou as filhas
em casa inclusive com professores particulares vindos de outras
regiões. "Souzinha" como chamada na família, era conhecida pelo rigor que tinha de ensinar numa escola que se chamava Escola
Isolada de Porto do Mangue. Por ser reconhecido pelos seus préstimos, Joaquim Serafim de Souza também ajudou muitas pessoas na comunidade numa remota época em que o lugar era uma vila
de pescadores e se chamava Canto do Mangue. Hoje também seu nome é homenageado
na Escola de Ensino Infantil na cidade. Então pela maneira que foi educada, a moça Francisca Serafim, cresceu e aprendeu com a atitude do pai, onde mais
tarde também exerceu o papel de professora alfabetizando os filhos de
pescadores. Com o passar do tempo a comunidade passou a chama-la carinhosamente
de Dona Souza. A mesma ficou sendo reconhecida como uma das grandes educadoras
do município.
O DOCUMENTÁRIO
A produção do documentário chamado de “Dona Souza”,
abordou em um recorte espacial, um contexto histórico sobre a primeira mulher
que ficou reconhecida como sendo uma das primeiras educadoras da época que
apareceu na cidade, de acordo com os relatos do ex-alunos e ex-alunas, que
narram a história no documentário, e contam como se dava a questão da
aprendizagem naquele tempo.
Por meio de relatos dos ex-alunos (as) de
“Dona Souza”, o documentário trouxe muita emoção como a saudade, o amor pelos
estudos, a forma de aprender apesar dos castigos que tinha como relatam. O produtor do documentário Chagas Santos, que hoje está como coordenador
pedagógico da Secretaria de Educação do município, diz que o
objetivo desse trabalho, é trazer maior visibilidade para escola quanto à
importância de conhecer quem foi a educadora Dona Souza, fazendo que as
pessoas levem em consideração o reconhecimento
do seu trabalho enquanto uma mulher que se preocupou naquele contexto com a
educação dos filhos de Porto do Mangue e percebam que a mesma contribuiu para o
desenvolvimento social naquele espaço temporal em que se encontrava a
comunidade, um trabalho que perpassará
desafios que vão além da educação, da cultura. O documentário será uma forma de
elevar e valorizar mais a escola, proporcionando desenvolver uma melhor qualidade
na educação para todo o corpo da escolar que necessitam da instituição.
Assim,
por esta razão, Chagas cita o educador cit Paulo Freire (1997): quando diz: “Educar é
impregnar de sentido o que fazemos a cada instante!”. Neste sentido que busquei
ir na raiz da questão para compreender esse processo.
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